Mostrando postagens com marcador Reabilitação oral. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reabilitação oral. Mostrar todas as postagens

sábado, 15 de fevereiro de 2020

O que é Prótese Total?

O que é Prótese Total?


Próteses totais, popularmente conhecidas como dentaduras, são substitutos para os dentes ausentes que podem ser retiradas e recolocadas na boca.
Embora leve algum tempo para que a pessoa consiga se habituar a utilizá-las, e embora nunca sejam exatamente iguais aos dentes naturais, atualmente elas oferecem uma aparência mais natural e maior conforto quando comparadas a aquelas de alguns anos atrás. No caso de próteses totais, uma base acrílica da cor da mucosa bucal se apoia sobre sua gengiva. A base da prótese superior cobre todo o palato (céu da boca), enquanto que a prótese inferior é confeccionada na forma de uma ferradura, a fim de permitir espaço livre para acomodar sua língua.
As próteses são feitas sob medida em laboratorio, a partir de moldes tirados de sua boca. O dentista irá determinar qual dos três tipos de próteses descritas abaixo é o melhor para você:
Prótese Total Definitiva: A prótese total convencional é colocada em sua boca depois que os dentes remanescentes foram extraídos e os tecidos cicatrizarem. A cicatrização pode demorar vários meses durante os quais você poderá ficar sem dentes.
Prótese Total Imediata: A prótese total imediata é instalada imediatamente após a extração dos dentes remanescentes. O dentista tira as medidas e faz as moldagens de seus ossos maxilares durante a consulta. A razão para isto é que o osso no qual os dentes estavam inseridos sofre uma mudança após a cicatrização, fazendo com que a prótese fique sem estabilidade.

Por que devo utilizar uma Prótese Total?



O seu principal objetivo é a reabilitação bucal, em todas as suas funções: estática, fonética e mastigação. Repõe ou restaura de forma indireta os dentes ausentes ou perdidos

O que fazer para utilizar uma Prótese Total?


Sua confecção se inicia através da moldagem das arcadas dentárias. Tais modelos são montados em laboratório para a montagem dos dentes de maneira que respeite a oclusão (mordida) de cada paciente. Os dentes utilizados são feitos em resina acrílica especial.
É realizado o envio dos moldes para o técnico em próteses dentárias(protético). Depois de pronta a prótese, algumas consultas são necessárias para determinação da altura, tamanho e formato dos dentes, sendo sempre todas as etapas acompanhadas pelo dentista. O tempo de vida útil de uma prótese total não é eterna e, como todas as próteses dentárias, devem ser substituídas periodicamente. O tempo adequado para se trocar uma dentadura é de 5 a 7 anos (no máximo). Após esse período, além da quantidade de bactéria que passa a residir na prótese e a pressão contra a mucosa (gengiva e osso alveolar), pode existir perda óssea severa e até câncer bucal.

Alguns cuidados após a instalação da Prótese Total:


– O período de adaptação com a nova prótese é muito importante, você terá que reaprender a falar e se alimentar, evite alimentos muito duros ou carnes com muitas fibras;
– Em muitos casos, a dentadura inferior não pára na boca e a reabsorção da gengiva impede a estabilização da prótese dentária. Caso o paciente não se acostume com esta situação, o ideal é começar a se pensar em utilizar uma prótese total sobre implantes, como a overdenture.
– É muito importante que a prótese não lhe machuque. É comum a necessidade de se voltar dentista para realizar determinados ajustes;
– Quando fora da boca, guarde sua prótese num recipiente com água. A dentadura foi feita para ficar em ambiente úmido, caso contrário ela poderá ressecar e quebrar facilmente;
– Higienize diariamente sua prótese com uma escova dental macia. Também é indicado massagear a gengiva e o palato (céu da boca) para promover a circulação sanguínea e remover placas bacterianas aderidas à mucosa.

Quais os riscos de eu não utilizar uma Prótese Total?


A não reposição de dentes perdidos, utilizando uma dentadura, pode acarretar uma série de complicações, entre as quais:
– Modificação na mordida;
– Desconforto na articulação;
– Problemas estéticos;
– Perda da autoestima;
– Problemas digestivos;



domingo, 22 de dezembro de 2019

Placas Miorrelaxantes

 

Placas Estabilizadoras ou Miorrelaxantes Lisas:
São geralmente confeccionadas em resina acrílica termopolimerizavel ou em resina acrílica autopolimerizável podendo ser instalada no arco superior ou inferior.
Podem ser de cobertura total ou parcial.
As de cobertura parcial cobrem apenas os dentes posteriores (placa de Gelb ) ou os dentes anteriores (“front “plateau”). A desvantagem dessas placas é que podem levar à extrusão dos dentes que ficam em infra-oclusão.

Segundo Clark 1984, o aparelho comumente usado para impedir a oclusão dos dentes é uma placa estabilizadora de cobertura total de acrílico rígido, ajustada para se obter contatos múltiplos, simultâneos e estáveis com os dentes antagonistas e com uma guia nos dentes anteriores que permite a desoclusão dos dentes posteriores nos movimentos excursivos.

Esse aparelho deve ser ajustado semanalmente para acompanha o reposicionamento da mandíbula em relação cêntrica, o que é conseguido após o relaxamento dos músculos mastigatórios e a estabilização da ATM.

Nos movimentos de lateralidade os caninos devem desocluir os dentes posteriores e no movimento protrusivo os dentes anteriores devem desocluir os posteriores.
Indicações:

O objetivo do tratamento é eliminar a má oclusão que contribui para desordem temporomandibular. Essa placa é indicada para desordens musculares tais como contratura, espamos e miosites.
Pode ser indicada também para pacientes com sinais e sintomas advindos de trauma oclusal (artrite traumática), desordens inflamatórias (capsulites, sinuvites), atividades parafuncionais como bruxismo e apertamento.

Atividades profissinais que induza estresse emocional podem se beneficiar com o uso dessa placa.


Ajustada para se obter:
-
Contatos múltiplos e simultâneos.
 (os dentes antagonistas devem tocar na placa simultaneamente e bilateralmente)
-Estáveis
- Confeccionar guia anterior para protrusão com desoclusão dos posteriores.
- Guia Canina.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Núcleos - restauração com núcleos fundidos, preparo do remanescente, princípios mecânicos

.
NÚCLEOS

Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão indicados em dentes que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de destruição e que necessitam tratamento com prótese. Deste modo, as características anatômicas da coroa clínica são recuperadas, conferindo ao dente preparado condições biomecânicas para manter a prótese em função por um período de tempo razoável.
As técnicas e os materiais utilizados para reparar a anatomia dentária variam de acordo com o grau de destruição da porção coronária e se o dente apresenta ou não vitalidade pulpar.

Dentes Polpados:

Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronária, de preferência envolvendo o terço cervical do dente, pois é essa região responsável pela retenção friccional da coroa, o restante da coroa pode ser restaurada com material de preenchimento, usando meios adicionais de retenção através de pinos rosqueáveis em dentina.




Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura dentinária perdida na porção coronária de um dente preparado são as resinas compostas, os ionômeros de vidro, e a combinação de ambos, os chamados compômeros.

Quando após o preparo da estrutura coronária remanescente chegar-se a conclusão que não existe estrutura suficiente para resistir às forças mastigatórias, com o risco de ocorrerem fraturas no material de preenchimento, deve-se realizar o tratamento endodôntico.

Dentes Despolpados:

Restauração com núcleos Fundidos:Nos casos de grande destruição coronária, indica-se o uso de núcleo metálicos fundidos.

Preparo do Remanescente Coronário:
Remove-se o cimento temporário contido na câmara pulpar até a entrada do conduto. É muito importante que se preserve o máximo de estrutura dental para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da prótese.

Após eliminar as retenções da câmara pulpar, as paredes da coroa preparada devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo, com espessura mínima de 1 mm.

É nesta base que as forças são dirigidas para a raiz do dente, minimizando as tensões que se formam na interface núcleo metálico/raiz, principalmente na região apical do núcleo.

Quando não existe estrutura coronária suficiente para propiciar essa base de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são direcionadas no sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível à fratura.



Nesses casos, deve-se preparar uma caixa no interior da raiz com aproximadamente 2mm de profundidade para criar-se uma base de sustentação para o núcleo e assim direcionar as forças no sentido vertical. 

Essas pequenas caixas não devem enfraquecer a raiz nessa região e, portanto, só podem ser confeccionadas quando a raiz apresentar estrutura suficiente.

Essas caixa quando confeccionadas também irão atuar como elementos anti-rotacionais.



Preparo Do Conduto:


Existem 4 fatores que devem ser analisados para propiciar retenção adequanda ao núcleo intra-radicular:

1: Comprimento;
2: Inclinação das paredes;
3: Diâmetro;
4: Característica superficial.


Comprimento: Deve ser igual ou maior que a coroa clínica.

Como regra geral, o comprimento do pino intra-radicular deve atingir 2/3 do comprimento total do remanescente dental, embora o meio mais seguro, principalmente naqueles dentes que tenham sofrido perda óssea, é ter o pino no comprimento equivalente à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.

O comprimento adequado do pino no interior da raiz proporciona uma distribuição mais uniforme das forças oclusais ao longo da raiz diminuindo a concentração de estresse, e fratura.

O comprimento do pino deve ser analisado com uma radiografia periapical e levar em consideração a quantidade mínima de 4mm de material obturador que deve ser deixada na região apical do conduto radicular para garantir vedamento efetivo nessa região.







Inclinação das paredes do conduto:Os núcleos intra-radiculares com paredes inclinadas, além de apresentarem menor retenção que os de paredes paralelas também desenvolvem maior concentração de força em suas paredes, podendo gerar efeito de cunha, e consequentemente, desenvolver fratura.

Diâmetro do pino:Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a sua retenção e resistência porém, deve ser considerado também o possível enfraquecimento da raiz remanescente. Em vista disto, têm sido sugerido que o diâmetro do pino deve apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz e que a espessura de dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriores superiores, devido a incidência de força ser maior neste sentido.



Clinicamente, o diâmetro do pino deve ser determinado comparando-se através de uma radiografia o diâmetro da broca com o do conduto.

Para que o metal utilizado apresente resistência satisfatória, é indispensável que tenha pelo menos 1mm de diâmetro na sua extremidade apical.

Característica superficial do pino intra-radicular:Para aumentar a retenção de núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas, estas podem ser tornadas irregulares ou rugosas antes da cimentação, usando-se brocas ou jato de alumínio.

PREPARO DO CONDUTO:
A remoção do material obturador é feito com brocas de Gates, Peeso ou Largo, de diâmetro apropriado ao do conduto.

Deve-se considerar deixar no mínimo 4 mm de material obturador no ápice do conduto para garantir selamento efetivo na região.

Para dentes multirradiculares: com condutos paralelos, não é necessário que o preparo dos condutos apresente o mesmo comprimento. Somente o de maior diâmetro é levado à sua extensão máxima,  ex: 2/3, e o outro apenas até a metade do comprimento total da raiz-coroa remanescente.

Como os condutos são paralelos, pode-se ter o núcleo com os 2 pinos unidos pela base, que se comportam como dispositivos anti-rotacionais; assim não é necessário o alargamento e ovalamento dos condutos, buscando-se atingir o diâmetro mínimo (1mm) para que a liga metálica mantenha suas características de resistência, evintando assim desgaste desnecessário de dentina.

Dentes como os pré-molares superiores, que podem apresentar divergência das raízes, devem ter seu conduto mais volumoso preparado na extensão convencional (2/3) e o outro preparado parcialmente apenas com o objetivo de conferir estabilidade, funcionando como dispositivo anti-rotacional.

Nos dentes multirradiculares superiores com condutos divergentes e que apresentam remanescente coronário, prepara-se o conduto palatino até 2/3 da sua extensão, e um dos vestibulares até sua metade (o mais volumoso deles) e o outro terá apenas parte de sua embocadura preparada. Esta metade do núcleo se encaixará na porção palatina através de sistemas de encaixes.  

Somente na ausência total do remanescente coronário, deve-se preparar os 3 condutos divergentes. Consequentemente, o núcleo resultante deverá ser confeccionado em 3 partes distintas.

Preparo de núcleo em dente com raizes divergentes.

Os molares inferiores geralmente apresentam sua raiz mesial com condutos paralelos ou ligeiramente divergentes e raramente exigem divisão do núcleo em mais que 2 segmentos, pois podem ser tornados paralelos através do preparo.

Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"

Confecção de Núcleos


CONFECÇÃO DO NÚCLEO

Para a confecção do núcleo podem ser empregadas duas técnicas: a direta e a indireta.

Nesse resumo estaremos abordando a técnica direta tanto para dentes unirradiculares quanto para dentes multirradiculares.

Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"

Clique na imagem para aumentar de tamanho.

Técnica Direta – Dente Unirradicular:

A) Prepara-se um bastão de resina acrílica que se adapta ao diâmetro e comprimento do conduto preparado e que se estenda 1 cm além da coroa remanescente.




É indispensável que o bastão atinja a porção apical do conduto e que exista espaço entre ele e as paredes axiais, para facilitar a moldagem do conduto com resina Duralay.


B) Lubrifica-se o conduto e porção coronária.

C) Molda-se o conduto, levando-se a resina preparada com sonda, pincel ou seringa Centrix no seu interior e envolvendo o bastão que é introduzido no mesmo, verificando se atingiu toda sua extensão.



O material em excesso é acomodado no bastão para confeccionar a porção coronária do núcleo.



Durante a polimerização da resina, o bastão deve ser removido e novamente introduzido várias vezes no conduto, para evitar que o núcleo fique retido pela resença de retenções deixadas durante o preparo do conduto.



Corta-se o bastão no nível oclusal e faz se o preparo da porção coronária.



A parte coronária do núcleo deve apenas complementar a estrutura dentária perdida, dando-lhe forma e características de um dente preparado.



D) A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva e este procedimento é facilitado empregando-se evidenciadores de contato no núcleo.

E) Previamente a cimentação o conduto deve ser limpo com álcool absoluto ou líquidos próprios para esse fim, e seco completamente.
A cimentação pode ser realizada com cimentos de fosfato de zinco ou ionômero de vidro.




TÉCNICA DIRETA PARA DENTES MULTIRRADICULARES

É possível também confeccionar núcleos em dentes com raízes divergentes pela técnica direta.

Os procedimentos para o preparo dos condutos e confecção dos núcleos seguem os mesmos princípios descritos anteriormente.
Uma maneira para obter núcleos pela técnica direta em dentes com condutos divergentes, é confeccionar inicialmente o pino do canal de maior volume que irá transpassar a porção coronária do núcleo.



Vista oclusal do molar com os condutos já preparados



O conduto palatino é moldado em resina deixando a porção coronal do pino com suas paredes divergentes para oclusal, lisas e ligeiramente ovaladas.



O pino de resina e as paredes da camâra pulpar são isolados e faz-se a moldagem do(s) outro(s) conduto(s). Em seguida faz-se o preenchimento da câmara pulpar com resina para a formação da parte coronária do núcleo.




Após a polimerização da resina, remove-se o pino do conduto palatino e prepara-se a parte coronária do núcleo.






Adaptação do núcleo
Adaptação do pino palatino
Imagem Radiográfica
Núcleo cimentado

domingo, 16 de setembro de 2018

LENTES DE CONTATO





Fonte: http://atelieoral.com.br/odontologia-estetica/lentes-de-contato-dental/




Indicações e Contraindicações 

A indicação da faceta de porcelana deve ser precedida de uma análise do caso e a constatação da real necessidade deste tratamento, pois o bom senso é fundamental, já que a conservação de estruturas dentárias é um dos objetivos.
Mudanças discretas na cor dos dentes, fechamento de diastemas, restaurações em dentes com fraturas pequenas, irregularidades, mudanças no contorno dentário, camuflagem de restaurações classes III, IV e V, são alguns exemplos de indicações para lentes de contato. Dentes pequenos e lingualizados também são ideais para a aplicação das mesmas sem a necessidade desgaste dental prévio. Por outro lado, a aplicação de lentes de contato dentais está contraindicada em dentes expostos à elevada carga oclusal. Hábitos para-funcionais como o bruxismo, grande modificação de posicionamento dentário, grande destruição coronária, alterações importantes de cor, dentes salientes, restaurações extensas e presença de doença periodontal não favorecem o planejamento com esses laminados. uantidade de esmalte insuficiente para a obtenção de uma boa adesão17 e pacientes com higiene bucal inadequada18,19 também são contraindicações.

Vantagens e Desvantagens

 Uma das grandes vantagens das lentes de contato dentais é que em dentes com alteração de forma e sem alteração de cor as facetas podem ser executadas sem nenhum tipo de preparo.20 São extremamente seguras e previsíveis. Têm propriedades ópticas semelhantes ao dente natural, estabilidade química, excelente biocompatibilidade, boas propriedades físicas e mecânicas quando comparadas às restaurações diretas com resinas compostas, ou seja, menor manchamento bem como melhor polimento final. Também maior efetividade de adesão e possibilidade de reversão, além de ser uma excelente opção restauradora estética em reabilitação oral. Além disso, este material retém menos placa bacteriana e apresenta boa resistência à abrasão. pesar disso, também existem desvantagens no uso da lente de contato dental, pois devido à pequena remoção de estrutura dentária, há um limite na possibilidade de correção do sorriso. E, em alguns casos, a lente de contato pode dar ao sorriso uma aparência volumosa e pode fraturar em pacientes que apresentam hábitos para-funcionais, como bruxismo ou apertamento. Além disso, vale destacar a dependência de técnicos qualificados e laboratórios especializados como desvantagens.

Lentes de contato e o periodonto 

Segundo Ferencz23 (1991), o sucesso das peças indiretas não é medido apenas no ato da cimentação, e sim ao longo do tempo, por estar integrada com a estética e mais ainda com os tecidos periodontais, dependendo da saúde e estabilidade dos mesmos. Em condições normais, o espaço biológico é a distância compreendida entre a base do sulco gengival e a crista óssea alveolar, constituído pelo epitélio juncional e inserção conjuntiva. Para preservar a saúde periodontal o espaço biológico deve ser respeitado, ou seja, o ideal é que haja em torno de 3 mm de estrutura dental sadia entre o preparo protético e a crista alveolar. Do contrário, haverá uma inflamação gengival e possível formação de bolsa periodontal, seguido de reabsorção óssea, ocasionando assim problemas estéticos. Pr isso, quanto mais sub-gengival for o término do preparo, maior a severidade da inflamação. Pra Larato26 (1969) o melhor término do preparo é o supragengival ou mesmo no nível da gengiva, que proporcionam maior facilidade de limpeza e menor formação de placa. Existe sempre uma solução de descontinuidade entre a linha terminal do preparo e a peça protética. A solução de continuidade é preenchida inicialmente por cimento, este cimento é solúvel ao meio bucal. Com sua dissolução, aumenta o espaço livre, facilitando a colonização de bactérias. Em uma superfície com alto polimento e com bom vedamento cervical, o epitélio juncional poderia se aderir à superfície evitando esses problemas. Otro aspecto preocupante é o sobrecontorno da lâmina, o que pode levar a uma recessão gengival num curto período de tempo. Portanto a redução cervical durante o preparo deve ser o suficiente para abrigar a restauração, sem causar o sobrecontorno. Anda, a moldagem deve ser realizada após 7 dias do preparo, evitando assim a recessão gengival. Além disso, a inserção do fio retrator durante a mesma deve ser cuidadosa para evitar agressão ao tecido conjuntivo adjacente. Após a cimentação, os bordos da restauração devem ser extremamente polidos e os excessos do cimento devem ser removidos com fio dental, já que a sonda periodontal pode riscar a peça.

Referência: 
OKIDA, R;VIEIRA,RAHAL, V;OKIDA,D. LENTES DE CONTATO: RESTAURAÇÕES MINIMAMENTE INVASIVAS NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ESTÉTICOS.Revista Odontológica de  Araçatuba, v.37, n.1, p. 53-59, Janeiro/Abril, 2016.